O que abrange a segurança de dispositivos IoT?

A segurança da IoT implica a segurança e a proteção dos dispositivos e aplicativos da Internet das Coisas (IoT) contra possíveis ameaças e vulnerabilidades. A natureza interconectada dos dispositivos de IoT os torna suscetíveis a vários riscos, que vão desde o acesso não autorizado até violações de dados e até mesmo danos físicos.

  • Autenticação Fraca é uma preocupação comum, pois muitos dispositivos utilizam senhas padrão, que geralmente são fáceis de adivinhar ou até publicamente acessíveis. Além disso, alguns dispositivos não oferecem nenhum tipo de autenticação robusta, tornando-os pontos de entrada para ataques que podem comprometer redes inteiras ou transformá-los em botnets para atividades maliciosas. Por isso, os fabricantes devem reforçar os mecanismos de autenticação, adotando, por exemplo, autenticação em múltiplos fatores e exigência de senhas fortes.

  • Baixo poder de processamento é outro desafio. Embora dispositivos com baixo poder de processamento ofereçam vantagens como custo reduzido e maior duração da bateria, essa limitação dificulta Atualizações OTA na IoT: o que são e como funcionam (over-the-air) e a implementação de recursos avançados de segurança, como firewalls e criptografia ponta a ponta. Para mitigar esse problema, as redes devem incorporar mecanismos de segurança integrados capazes de proteger esses dispositivos de forma eficiente.

  • Integração de Ativos Legados. A incorporação de sistemas e dispositivos legados ao ecossistema de IoT, sem as devidas atualizações de segurança, representa um risco considerável. Esses ativos antigos muitas vezes não suportam os padrões modernos de criptografia, tornando-se alvos vulneráveis. No entanto, a modernização desses ativos é desafiadora, devido à sua complexidade e interdependência construída ao longo dos anos. Os fabricantes precisam avaliar cuidadosamente e implementar melhorias de segurança sempre que possível.

  • Riscos em redes compartilhadas. Utilizar a mesma rede para dispositivos IoT e outros dispositivos do usuário final aumenta consideravelmente os riscos. Um invasor que comprometer um único dispositivo IoT pode obter acesso a dados sensíveis presentes na rede ou em outros equipamentos. Para prevenir esse tipo de cenário, é recomendável isolar os dispositivos IoT em redes separadas, utilizar gateways de segurança ou adotar soluções de IoT celular, que limitam possíveis violações ao próprio dispositivo. O uso de VPNs pode adicionar uma camada extra de proteção, embora conexões compartilhadas ainda representem riscos.

  • Falta de padronização e criptografia. A ausência de padrões de segurança consistentes em todo o ecossistema IoT é um dos principais desafios. Sem um padrão universal, cada empresa ou setor é forçado a desenvolver suas próprias diretrizes e protocolos, o que aumenta a complexidade da segurança. Além disso, é fundamental implementar criptografia nas transmissões regulares de dados para prevenir violações e interceptações.

  • Atualizações de Firmware. Um dos riscos mais críticos em segurança de IoT está relacionado à presença de bugs ou vulnerabilidades em dispositivos já implantados no campo. Seja por falhas no código do fabricante ou de terceiros, a capacidade de emitir atualizações de firmware é essencial para corrigir esses problemas. Idealmente, as atualizações devem ser feitas remotamente. Quando isso não for possível, devem ser consideradas alternativas, como atualizações físicas. Limitações como baixa largura de banda ou ausência de canais seguros de comunicação podem exigir soluções criativas ou intervenções manuais.

Exemplos de Violações de Segurança em IoT

  • Aquisição maliciosa da Botnet (2016): Um dos incidentes mais notórios foi a criação da Botnet Mirai, em 2016. Cibercriminosos exploraram falhas em dispositivos de Internet das Coisas, principalmente câmeras e roteadores, infectando-os com um malware e transformando-os em uma enorme rede de dispositivos comprometidos. Essa rede foi usada para lançar ataques de negação de serviço distribuída em larga escala, que causaram interrupções na internet global e evidenciaram a fragilidade da segurança nesse tipo de tecnologia.

  • Vulnerabilidade em carros conectados (2015): Em 2015, uma demonstração proeminente de vulnerabilidade na IoT veio à tona quando pesquisadores de segurança expuseram uma falha crítica em um modelo popular de carro conectado, o Jeep Cherokee. Ao explorar uma vulnerabilidade no sistema de infoentretenimento do veículo, os hackers conseguiram assumir remotamente o controle de funções essenciais, como direção, freios e transmissão.

  • Violação de privacidade em monitores de bebê (vários incidentes): Diversos incidentes preocupantes envolveram o acesso não autorizado a monitores de bebê por hackers. Explorando brechas de segurança, os criminosos obtiveram acesso remoto aos dispositivos, permitindo que espionassem crianças e até mesmo se comunicassem com pais desavisados.

  • Vazamento de dados de brinquedos inteligentes (2017): Em 2017, uma conhecida marca de brinquedos inteligentes, a CloudPets, enfrentou um vazamento significativo de dados que afetou milhões de usuários. A violação expôs mais de dois milhões de gravações de voz de crianças e suas famílias, devido a um banco de dados mal protegido. O incidente levantou questões sobre a privacidade e a segurança dos dispositivos IoT usados em residências — especialmente aqueles voltados ao público infantil.

  • Problemas de privacidade com campainhas inteligentes (2019): Em 2019, uma série de casos alarmantes destacou preocupações com a privacidade associada às câmeras embutidas em campainhas inteligentes. Surgiram relatos de indivíduos não autorizados que conseguiram acessar os dispositivos remotamente, levantando questões sobre a proteção de dados e a vigilância involuntária em ambientes domésticos.

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